quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Karl Marx. (Parte I)



Karl Marx (1818-1883) foi o filósofo alemão que criou a doutrina do COMUNISMO, cursou Direito e acabou se formando em filosofia, chegando ao nível de doutorado. Na faculdade, uma de suas principais influências era Friedrich Hegel (que fora professor e reitor de Marx), outro grande amigo de Marx foi Engels, que o ajudou em muitas obras como co-autor, sendo a mais conhecida: “O manifesto Comunista”. Marx teve uma vida política muito conturbada, vivia sendo expulso de muitos países por criticar as formas de governo e, de modo sucinto, por criticar radicalmente o capitalismo.

Segundo Marx, a base do capitalismo é a exploração do trabalhador. É perceptível que, a diferença no lucro do trabalhador e no lucro proprietário é exorbitante, principalmente na hora da venda do produto, ou seja: o capitalista tira do produto mais do que investiu para produzi-lo.

Acontece então, uma mais-valia, ou seja, um ganho maior do que deveria surtir de uma atividade de troca normal. Esse fato ocorre porque o trabalhador produz uma quantidade de bens correspondente ao seu salário em um determinado número de horas, porém deve continuar trabalhando até preencher o seu horário de trabalho.

De modo sucinto: “Todo o segredo da produção capitalista consiste em tornar maximamente produtivo o trabalho do operário e em manter o mais baixo possível a retribuição do salário” (MONDIN, Battista: 2003)

É, a partir dessa essência capitalista que, segundo Marx, as graves crises econômicas acontece. Já que os capitalistas ganham somente produzindo, eles buscam intensificar o mais possível o processo de produção para venderem mais e assim aumentarem o lucro, mas daqui nasce a concorrência entre capitalista Vs. Capitalista que culmina na produção maior que a demanda, de modo que a diferença não é vendida.

Essas graves perdas de vendas acarretam, gradativamente, nas falências e aumenta sem cessar o exército de proletários contra um número cada vez menor dos capitalistas. Contudo, aos poucos, os proletários vão descobrindo que os verdadeiros produtores dos bens são eles e que a situação é injusta e, quando os mesmos estiverem conscientes de sua verdadeira força, explodirá a Revolução Proletária, onde os poucos capitalistas serão dizimados e sociedade comunista terá todos os bens e meios de produção em comum.

Após essa pequena introdução, é fácil concluir que, para Marx, é a própria sociedade capitalista que cria as condições para a sua destruição e para o surgimento da sociedade comunista, a qual se distingue pelas seguintes características:

  • abolição da propriedade privada;
  • igualdade: não haverá diferença de classes sociais;
  • justiça: a sociedade exigirá de cada um de acordo com suas forças;
  • continuação dos processos dialéticos

É bom lembrar que Marx era ateu e a sua doutrina ganhou grande atenção quando a União Soviética a adotou como oficial do Estado, porém, estudos e comentários detalhados sobre a URSS e suas características necessitam de outro post.

I.

domingo, 9 de outubro de 2011

Sociedades Pré-helênicas: os quatro povos que formaram a Grécia


Antes do surgimento do berço da civilização ocidental (Grécia) na Península Balcânica, outros povos ocupavam tal lugar e suas fronteiras e, através de relações socio-comerciais ,algumas batalhas e invasões, surge a Grécia Antiga, é válido dizer que tais povos também podem ser denominados de sociedades pré-helênicas , já que os povos que deram origem à Grécia, mais tarde, foram chamados de Helenos.

Os habitantes da península da Grécia (Balcânica) tinham duas cidades como principais: Tirinto e Micenas. Eles mantinham relações comerciais, de modo dominante, com a Ilha de Creta (capital=Cnossos) e, por isso, também assimilavam parte da cultura e de alguns costumes cretenses, assim como estes praticavam o mesmo processo. Essas três cidades formaram acivilização creto-micênica, onde tinha como característica forte a presença dos Aqueus (povo indo-europeu, originário da Ásia).

O povo cretense surgiu, aproximadamente, no século III a.C., era essencialmente comercial e mantinha relações comerciais com a Ásia Menor, Egito e várias ilhas do Mar Egeu, possuía também uma sociedade desenvolvida, a mulher era muito influente e há evidências de que não existia a escravidão. Micenas eTirinto foram fundadas pelo Aqueus e, junto com pequenas cidades localizadas nos Bálcãs formaram a civilização micênica, sua aristocracia era essencialmente militar e, por isso, em 1.400 a.C. invade Creta, expandido seu poder, e depoisTróia.

Por volta de 1.100 a.C. a civilização micênica entrou em colapso. Várias cidades foram saqueadas e a região entrou no que os historiadores denominam Idade das Trevas. Durante esse período a Grécia viveu um declínio tanto populacional como literário. Os próprios gregos costumavam atribuir a causa desse declínio à invasão duma nova vaga de gregos, os Dórios. Todavia, as evidências arqueológicas que poderiam comprovar esse ponto de vista são escassas.

Os eólios, Originalmente ocupavam-se da agricultura, e envolveram-se na colonização do litoral do mar Egeu. Abandonaram suas terras natais depois que a invasão Dórica expulsou os aqueus e forçou-os a abandonar a maior parte dos territórios micênicos; apossaram-se de muitos destes territórios abandonados, e também construíram cidades em diversas ilhas próximas à Ásia menor, difundindo pelo mundo grego o dialeto eólico do grego antigo..

Os jônios eram um povo indo-europeu que se estabeleceu na Ática e no Peloponeso e foram depois para a Ásia menor pela chegada dos Dórios. São também os primeiros pensadores que dão expressão filosófica ao problema da existência de uma causa suprema de todas as coisas.

Com isso, esses quatro povos formaram a Grécia Antiga, sendo os mais importante Aqueus e Dórios, aquele pela sua capacidade intelectual, este por seu poder guerreiro. Tais características vão ser encontradas mais tardes nas duas principais cidades gregas: Atenas e Esparta.